Como saber se educadores e escolas estão prontos?

Acha que está pronta?

escola está pronta?

Vamos pensar juntos sobre isso. É possível que a obra de reforma ou construção esteja pronta, a pintura esteja pronta, os móveis estejam prontos. Quem sabe os materiais estejam prontos, o transporte, a cantina, o quintal… 

Mas isso é tudo? Não será apenas uma pequena parte?

É possível que nada esteja realmente pronto, a partir da premissa de que os seres humanos se constroem diariamente a partir de suas novas experiências e imensamente mais quando se relacionam com seus semelhantes e com seu meio ambiente.

Estas interações tão ricas promovem uma progressão geométrica de novas possibilidades. Assim são todos os lugares onde exercitamos qualquer contato, qualquer interferência ou qualquer pensamento.

Quando interagimos com o universo a nosso redor, para conhecê-lo e formar com ele um estreitamento de intimidade, nos provocamos novas e inéditas sensações e percepções, e a partir de nossas ações concretas diante de cada elemento, geramos uma nova energia da mesma forma capaz de promover alguma mudança. 

Mas há especialmente um lugar onde esta reflexão precisa ser mesmo feita: nossas escolas. 

Crianças em transformação

Nossos olhos atentos estão (ou deveriam estar) sempre focados nas crianças que acompanhamos em nossos cotidianos. Mas não é aconselhável que o façamos com foco no todo, mas que nos atentemos para as minúcias que cada individualidade pode oferecer.

Isso permite que observemos, também, que a cada pequeno período de tempo nossas crianças vão apresentando as transformações a que fazem direito. Tanto particularmente quanto em coletivo, transformando suas horas e seus dias em tempos inéditos de aprendizagem.

E que alegria saber que seguimos assim, em transformação constante para nos alterar e alterar nosso mundo, sempre formando composições inéditas e exclusivas a partir de nossa mais íntima peculiaridade em contato com outra também rara.  

Nossa atenção na transformação

Entretanto, para que possamos reconhecer, desfrutar e vivenciar integralmente as transformações, é preciso que nos transformemos também. E não se trata de alguma forma de “conversão” ou “mudança de rota”. É uma espécie de fazer-se translúcido, para observar-se a si mesmo e ao seu redor com a capacidade de ver, enxergar e compreender.

Como sabiamente dito por André Gravatá, precisamos encontrar “pistas para entrar em lugares com ou sem porta”. Precisamos ter “coragem suficiente para escutar a pedra”. E saiba que não se trata apenas de uma licença poética. Podemos ser transformados, sim, na leitura de um livro, na escuta de uma palestra, mas também no pouso de um pássaro, numa formação de nuvens, nas pequenezas do chão

É preciso apenas permissão de si mesmo para participar das transformações que já acontecem ao nosso redor, mas que não devem estar à nossa margem. Devemos girar o mundo com elas. Mas como afinar nosso olhar para tanto?

Territórios em transformação

O livro que acompanha o nosso kit de formação de professores DIÁLOGOS EMBALADOS neste mês de outubro é um convite para esta transformação. A autora, Stela Barbieri, é artista plástica, escritora e consultora nas áreas de educação e artes, além de dirigir o “Binah Espaço de Artes”, um ateliê vivo, com aulas, palestras e formações. 

Lindamente ilustrado, esta preciosidade de lançamento da Editora JUJUBA certamente promoverá as transformações reflexivas que abrirão (ou quebrarão) as portas para a entrada em um turbilhão de novas visões dos espaços, das grandezas e miudezas. 

Experimentar os diálogos possíveis entre a matéria, os espaços, as cores, as texturas e os significados. Provocar uma observação que conduza para além do espaço físico e da imagem, entrelaçando os elementos de forma a expandir os conceitos.

O livro é exclusivo de nosso clube, e você pode associar-se clicando aqui.

De mãos dadas, a Diálogos, Stela Barbieri, André Gravatá e todos vocês podem estar juntos no transformar e no transformar-se.

Vamos?