Crédito: Roberto Setton / Nova Escola

A trajetória de uma escola é marcada por constantes mudanças e transformações que refletem o dinamismo e a evolução da vida das fundadoras e do próprio contexto educacional. Desde aquela pequena escola que, ao abrir suas portas, adquire materiais tradicionais como EVA e se adapta aos padrões do momento, até o instante em que percebe a necessidade de repensar e reformular suas práticas para se alinhar com as demandas do século atual. Essas mudanças não ocorrem por acaso, mas são fruto de interferências de conceitos, de olhares externos e internos, que instigam a escola a buscar novos caminhos. Como disse Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia, “gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado”.

O que tem impulsionado essas mudanças? Certamente, a compreensão de que a educação não é um processo estático, mas sim um organismo vivo, em constante movimento. É nesse contexto que surgem questionamentos importantes: O que já foi transformado na história da escola? Quais foram as alterações nos espaços, nos conceitos, na relação com a comunidade escolar? E o que ainda está por vir? Que novas transformações a escola deseja concretizar ou alterar? O que nós, da Diálogos, contribuímos ou podemos contribuir com a história da sua escola?

Nesse cenário, a participação ativa da equipe pedagógica é fundamental.

 É preciso provocar reflexões, questionar, e instigar as educadoras a pensarem sobre suas práticas, seus valores e seus objetivos educacionais. Como a escola tem olhado para si mesma e para o seu entorno? Como tem sido a interação com as famílias e a comunidade? E como as intervenções da Diálogos têm contribuído para esse processo?

É interessante também observar as influências teóricas que permeiam essas transformações. O pensamento de Paulo Freire, como dissemos no começo deste texto, nos convida a refletir sobre o caráter inacabado da educação, sobre a necessidade de transformar e ser transformado. Quem é essa educadora hoje? Quem é essa escola hoje? E, mais importante ainda, quem elas desejam ser no futuro?

Portanto, é fundamental continuar promovendo o diálogo, o compartilhamento de experiências e de conhecimentos, pois é assim que as escolas se reinventam, se adaptam e se tornam agentes de mudança em busca de uma educação mais significativa e inclusiva.