Não se trata apenas de olhar, mas de mergulhar

Educação, arte, cultura, lazer, prazer.

Caso tenha tido a sensação de que as palavras acima se tratam de uma mera lista, este artigo é para você. Com o mundo acelerado em que vivemos, tendemos a transformar nossas vidas

num acumulado de tarefas a serem cumpridas assim, em listas.

Aos poucos estamos nos afastando de nossa capacidade de observação do que não está apenas na superficialidade das coisas quando atentamos mais para as cascas do que para as polpas, mas às manchetes do que para as notícias, mais para as capas do que para o miolo dos livros.

Mas isso não é uma crítica aos nossos procedimentos. Estamos envoltos nessas velocidades que nos rodeiam vindas dos relógios, das planilhas, das reuniões, das rotinas. Não se trata de estabelecer uma relação de culpa, mas de estimular a transformação dos olhares.

Entre o raso e o profundo, um caminho

Assim como uma relação duradoura de amor entre pessoas, que nasceu de um simples olhar de encantamento, mas ganhou a estrutura sólida e longeva no olhar mais profundo, na aproximação com os detalhes, na compreensão do que compõe o outro, no saber sobre, no conhecer por dentro.

Também em nossos estudos a relação de importância com o conhecimento mais denso. Ou seja, o quanto é importante reconhecermos que existe sempre um caminho a ser trilhado que nos conduza do raso ao fundo.

Pense no quanto são belos, ainda que olhemos apenas o raso, céu e mar. Mas todos podemos imaginar o quão magnífico seria conhecermos seus interiores, suas composições, seus mistérios e seus segredos. 

O que separa as superfícies das profundezas é o desejo de mergulhar.

Transformação

Transformação é o ato de construir-se de outra maneira. Isto serve para coisas, lugares e pessoas. Sempre é tempo de reconstruir aquilo que fomos para refrescar aquilo que somos. Uma das melhores ferramentas de que dispomos para que as transformações sejam disparadas é a arte.

Quantos grandes artistas e suas obras já foram capazes de transformar o mundo? Quantas crianças e suas peças foram capazes de transformar um educador? Quando um olhar de uma única pessoa se transforma, o mundo se transforma.

Cada pedra que se desloca, cada folha que cai de uma árvore, cada posição da lua, cada sopro de vento provocam uma alteração de energia, uma possibilidade de interação e de modificação do mundo. 

Território da transformação

Stela Barbieri é artista plástica, escritora e consultora nas áreas de educação e artes, além de dirigir o “Binah Espaço de Artes”, um ateliê vivo, com aulas, palestras e formações. Ela está conosco para apresentar sua exposição TERRITÓRIOS.

Uma oportunidade de experimentar os diálogos possíveis entre a matéria, os espaços, as cores, as texturas e os significados. Provocar uma observação que conduza para além do espaço físico e da imagem, mas promover uma interação entre os elementos de forma a expandir os conceitos.

O evento está acontecendo na CASA DIÁLOGOS e é um convite a experimentar o olhar profundo e reflexivo de uma das mais respeitadas artistas plásticas brasileiras. Expandir nossa forma de percepção de um território para reconhecer o entrelaçamento possível e necessário com os significados.

Uma exposição que precede o lançamento do livro TERRITÓRIO DA TRANSFORMAÇÃO que acompanhará o kit de OUTUBRO do nosso clube de assinatura de formação de professores DIÁLOGOS EMBALADOS.

Promover uma transformação em nossos olhares de forma que a leitura da primeira linha deste artigo ganhe outro sentido, para que não seja apenas uma lista, mas que ecoe em nossos saberes como uma trama intensa de significados.

Juntos, a exposição TERRITÓRIOS e o livro TERRITÓRIOS DA TRANSFORMAÇÃO constituem uma ponte que levará nossos olhos do raso ao fundo, promovendo percepções de interação mais amplas, abrindo horizontes e novas possibilidades.

Você não pode perder este encontro entre arte, emoções, sensações e reflexões.