O título do livro de abril do clube de assinatura Diálogos Embalados é um convite à escavação de impressões de Paulo Freire em relação à(S) infância(s) e as crianças.
Um grupo de pesquisadores buscou nos vídeos e textos do educador indícios de sua sensibilidade e preocupação em relação às crianças. Encontrou em suas obras tais elementos e decidiu compartilhar conosco em 12 capítulos que compõem a obra.
Perguntas tais como: Em que obras Paulo Freire refere-se à infância e às crianças? Como se refere? Que implicações são possíveis de serem identificadas, a partir dessas referências(…)?
Durante a escavação encontraram também expressões muito usadas em seus textos, como, diálogo, curiosidade, amorosidade, boniteza, leitura do mundo (espie a página 22, nela você encontrará muitas outras). Nós, por aqui, acreditamos que o vocabulário que acompanha as relações estabelecidas com as crianças deva ser composto pelas expressões citadas acima.
Como Paulo Freire nos alerta em sua obra “Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar:
“As educadoras precisam saber o que se passa no mundo das crianças com quem trabalham. O universo de seus sonhos, a linguagem com que se defendem, manhosamente, da agressividade de seu mundo. O que sabem e como sabem independentemente da escola.”
As palavras do educador também explicitam a importância das relações. Freire defende que o eixo do trabalho pedagógico não deve centrar-se somente na criança ou no adulto, mas sim nas relações estabelecidas entre eles, demonstrando dessa forma o respeito e o acolhimento que devemos ter quando as hipóteses e ideias das crianças são apresentadas pelas mesmas, por exemplo.
Nós, da Diálogos, reforçamos o convite feito no início desse texto. Venha escavar conosco e deixe-se impregnar pela experiência do encontro com esses pesquisadores tão potentes, com as ideias de Paulo Freire e com a criança que habita em você.