Houve um tempo em que a evolução humana caminhava a passos lentos. A descoberta de novas ferramentas podia durar centenas, milhares de anos. Nesse tempo tão remoto de nossa existência conhecer noções de caça e produzir fogo possivelmente poderia garantir a própria subsistência e a consequente sobrevivência. 

Cada incorporação de elementos mecânicos foi trazendo, gradativamente, a necessidade de aprendizados mais amplos. Com a chegada da roda, novas possibilidades de locomoção e transporte. Aprimoramentos.

Da mesma forma com o avanço de todas as outras ciências. A cada passo dado pela humanidade, novos caminhos mais largos e longos. E com isso, as necessidades de aprendizados mais robustos.

Mas olhando o mundo que nos rodeia hoje, com avanços tecnológicos apresentados a cada minuto, podemos concluir que, como Cazuza já anunciava, o tempo não para. Para fazermos parte de nosso tempo de forma marcante, contribuindo com o pulsar da vida nestes nossos e novos tempos, devemos seguir, não podemos parar também. 

Por que se preocupar com um aprendizado contínuo?

Porque, diferentemente dos nossos ancestrais mais distantes, cujas ferramentas cotidianas consistiam em pouquíssimos utensílios, vivemos num mundo vibrante, repleto das mais variadas espécies de saberes e suas particularidades.

Pense no melhor cozinheiro do século XV e na dificuldade que hoje teria em produzir um simples café com bolo em nossas cozinhas. É disso que estamos falando. O mundo mudou sua forma de funcionar, suas paisagens e mudou também a velocidade como se altera. Tudo é rápido e adquire novos contornos constantemente.

Claro que cada um de nós tem acompanhado estas robustas modificações dentro de nossas próprias gerações. Muitos de nós operamos aparelhos telefônicos com as rodas de discagem e hoje provavelmente estamos lendo este artigo em nossos aparelhos celulares. Evoluímos junto com o mundo.

Mas precisamos refletir sobre nossa modalidade de evolução. Terá sido por impulso próprio ou por mera necessidade? Ainda que de qualquer forma evoluir seja muito proveitoso, quando evoluímos puxados pelo mundo o fazemos de forma mais lenta, mas quando buscamos por iniciativa própria esta evolução, podemos acelerar significativamente. 

Neste desejo de aprender mais e sempre surge a expressão “lifelong learnig”, que numa tradução livre seria algo como “aprendendo ao longo da vida”. Estar disponível para novos aprendizados, não apenas daqueles vindos do caminho acadêmico, mas todos aqueles que de alguma forma se encontrem como nossos desejos e aptidões pessoais. Aumentar nossa gama de conhecimentos para todos os lados.

O aprendizado contínuo, além de oferecer maior quantidade de informações acerca dos mais variados assuntos e temas, pode apresentar também uma nova gama de oportunidades de trabalho, lazer, entretenimento ou simples formas novas e aprazíveis de passar o tempo.

Adotar estratégias de aprendizado contínuo vai apresentar uma lista sem fim de benefícios, como:– Estímulo à criatividade: quando nos convida e nos provoca a pensar sobre novos assuntos e suas possibilidades;
– Aproximação com o mundo da tecnologia: porque necessariamente estaremos nos aproximando dela como ferramenta de estudo, ou no conhecimento de suas próprias ferramentas;
– Surgimento de novas possibilidades: no momento em que nos descobrimos interessados num primeiro momento, mas hábeis em determinada matéria a partir dos novos aprendizados, abrimos novas oportunidades de vivências pessoais ou profissionais. 

Como se programar para aprender sempre?

A iniciação para a vivência deste conceito de aprendizado contínuo, ou lifelong learning é significativamente simples. É necessário refletir sobre si mesmo e sobre seus pontos fortes e sobre os pontos que mereçam algum cuidado. Identifique também seus gostos pessoais e localize se você tem olhado para eles em algum momento de sua vida. 

Se você demorou apenas poucos instantes para este primeiro passo, você está habilitado para este modelo de vida. Seja então, proativo. Caso tenha localizado em si o desejo de aprofundamento sobre algo de sua própria formação profissional, encontre um pequeno ponto onde resida sua dúvida ou seu desejo de crescimento. 

Não precisa necessariamente um curso de graduação ou pós-graduação. Inicie com a busca por um artigo de seu interesse, uma vídeo-aula ou cursos grátis. A ideia inicial é que surja em você a grata satisfação da descoberta de novos saberes, assim como foi em nossa infância quando de nosso primeiro andar de bicicleta. Encontre prazer no saber.

A partir daí, saiba que muito possivelmente será um caminho sem volta, especialmente por não haver a necessidade de aprisionamento de temas específicos. Podemos variar entre a nanotecnologia e o macramê. Basta que seja algo a ser aprendido e que de alguma forma lhe faça sentido e faça bem.

Você conhece seu estilo de aprendizagem?

Cada indivíduo tem sua história, suas experiências e suas vivências. A partir delas suas próprias formas e ritmos de aprendizagens e isso precisa ser reconhecido e respeitado.

Para adoção do aprendizado contínuo é muito relevante que você identifique, reconheça e respeite o modelo de aprendizado que mais lhe seja agradável. Não adianta encontrar uma aula “online” sobre algo que deseje aprender, se você é o tipo de pessoa que necessita ter a mão na massa. 

Nem se recomenda que, de início, se ative em algo que vá ser muito penoso no transporte, no investimento em materiais, na própria entrega de seu tempo. Conheça bem seus desejos e suas facilidades na absorção de conhecimentos. Gosta de lerLeia. Gosta de ouvir? Ouça.

Conheça algumas frases inspiradoras do aprendizado contínuo:

“Aprendizado contínuo e inovação é o que lhe mantém na competição”- Nélio Vanderley

“O aprendizado contínuo é o caminho da evolução humana” – Delson Jacinto Vieira

“A inovação distingue o líder de um seguidor” – Steve Jobs

E você, o que pensa sobre o aprendizado contínuo? Que tal inovar agora e criar sua própria frase? Compartilhe conosco!