Professores, vocês sabem sobre o que vamos tratar neste artigo?

Estão prontos?

Vamos falar sobre as coisas que não sabemos. É um desafio que propomos para sua reflexão acerca da mistura entre aquilo que construímos em nós ao longo de nossas vidas e aquilo que adquirimos em nossa carreira acadêmica. 

Trocando em miúdos: quem somos nós enquanto professores? Somos aquele estudante da faculdade de Pedagogia ou somos aquele ser humano cravejado de nossas lembranças, memórias e experiências?

Nossas ações diárias, nossos cotidianos e nossas posturas estão seguindo nosso conhecimento ou nossas visões particulares de mundo? Tem coragem de se fazer este questionamento?

Somos o mundo de onde viemos

Desde quando a humanidade adotou como modo de vida a formação e manutenção de sociedades, que deram origem às tribos, aos vilarejos, às cidades, aos estados e aos países, passamos a ser construídos internamente a partir das vivências experimentadas em nossos habitats originais.

Absorvemos a cultura de nossos micromundos em sua inteireza quando nos habituamos com seus costumes culinários, vestimentais, procedimentais, sociais, educacionais, musicais e assim por diante.

Sendo assim, somos formados por um caldo cultural repleto de nossas características específicas. Para o bem e para o mal, é exatamente assim que isso funciona. E vale dizer algo importante agora! Não estamos estimulando o rompimento com nossas raízes ou nenhuma espécie de rebeldia tardia.

Acontece que, diferentemente da maioria das outras profissões, cujas ferramentas se aprimoram dia a dia com novas tecnologias, nossa principal ferramenta de trabalho é nosso conhecimento sobre algo absolutamente novo e inédito. A infância.

Não bastasse o fato de que cada criança é única e inovadora, elas seguem se construindo nas relações que se estabelecem entre elas mesmas, conosco e com o mundo. E é neste exato ponto que desejamos tocar. O que sabemos sobre estas crianças?   

É preciso mais do que só estar com elas

Vamos dar um pulinho na escola que estudamos? Certamente a maioria de nós vai remeter seu pensamento às fileiras de carteiras e muito possivelmente da forma incisiva de injeção de conteúdos. Sobrevivemos, mas apenas isso.

As relações nem sempre eram favorecidas para a construção mais completa dos indivíduos. Entre educadores e educandos, apenas hierarquia. As relações entre as crianças se resumia a uma palavra: SILÊNCIO!

Ora, se desejamos formar pessoas capazes de conduzir suas vidas em sociedade, como pudemos nos esquecer de introduzir em nossos currículos a convivência? Isso possivelmente justifique parte das mostras de intolerância a que somos obrigados a conviver.

Se não somos fruto dessa construção mais profunda em de nossa base, vivenciando uma convivência mútua de forma mais completa, como saberemos oferecer isso às infâncias que estão sob nossos cuidados?

Não basta estarmos com as crianças, é preciso reconhecer que podemos muito mais. Quando identificamos em nossa formação alguma premissa que se mostre ineficaz, falha ou mesmo equivocada, devemos romper com elas. Este é um exercício de evolução humana como um todo.

Currículo e Convivência

Parece o título de um livro? 

Pois saiba que se trata de uma coleção composta de três livros. Se você está entre aqueles educadores ou educadoras que reconhecem o professor como alguém capaz de ultrapassar a alfabetização e a entrega de conteúdos, para participar na construção de um ser humano e uma sociedade melhores, é preciso lê-la.

Pela primeira vez na nossa história, nosso envelope laranja (destinado aos associados do clube de formação de professores Diálogos Embalados), carrega um livro físico acompanhado de mais dois e-books, formando uma coleção completa sobre o tema.

É preciso que tenhamos força para aprender aquilo que não vivemos para saber o que não sabemos. Educadores são seres de uma construção iniciada em suas próprias infâncias e que devem mover-se, sempre, a fim de encontrar-se com as novas infâncias. 

Não é apenas um convite para associar-se. É um convite ao convívio mais próximo com o conhecimento de si mesmo, do outro e das formas de interagirmos todos.

Clique aqui e saiba mais!

*Imagens – @semearescolaguarulhos