“… Professoooora… posso ir ao banheiro?…

 “…Professoooora… o amiguinho me bateu!!!…”

“… Professoooora… não entendi!…”

“… Professora… os pais querem falar com você!…”

“… Professora… …”

Ah! Queridas professoras. 

Sob seus pés o chão da escola ganha os tons do mundo, da natureza, do parque e do lar. Porque até aquilo em que pisa há de fazer sentido.

No vigor de suas pernas há de caber a maratona cotidiana de seu trabalho e de sua própria vida. Porque a infância corre em suas veias.

Sob seus braços se entrelaçam livros, diários, sulfites e almaços, lápis e canetas, enquanto suas mãos carregam o desejo do inédito, do espanto nascido do maravilhamento. Porque em seu vigor repousa a esperança do educar.

Em sua cabeça um emaranhado de fios tecendo desejos, sonhos, agruras, cansaços. Mas tudo isso permeado por novas ideias, novos projetos, estudos e leituras. Porque em suas inteligências cabe a inteligência do mundo.

E em seu coração, seus amores… Todos os amores.

Estas palavras  desejam reverenciar a sua vida, a vida de todos os educadores. Daqueles cujos calçados chegam corados de terra, daqueles que navegam de barco, sacodem em ônibus, dos que pegam carona, de quem vai de carro, trem ou bicicleta.

Dos que dormem, sonham e acordam educando. Aqueles que estudam, inovam e buscam, e também aqueles que aguardam ansiosos pelo descanso.

Porque há de chegar o dia em que todos olhemos para vocês com respeito e admiração, reconhecendo em seus afazeres o atalho para um mundo melhor e mais digno. E que chegue a hora em que nossas mãos se entrelacem às suas para enfrentarmos unidos: famílias e escolas, os caminhos das aprendizagens para a vida.

Que vocês ouçam de nossas vozes, e de todas as vozes, o professar de nosso afeto mais profundo, para unir às frases diárias tantas vezes ditas, uma mais:

“… PROFESSOOOORA!!! OBRIGADO!!